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Stent Save a Life: João Brum Silveira lidera campanha nacional de consciencialização para o enfarte

Stent Save a Life (SSL). É este o nome da iniciativa nacional de consciencialização para o enfarte, liderada em Portugal por João Brum Silveira, cardiologista e responsável pelo Laboratório de Hemodinâmica do Hospital de Santo António, Centro Hospitalar e Universitário do Porto. Esta campanha é promovida pela Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC).

“É com grande orgulho e sentido de responsabilidade que assumo este novo desafio. Portugal tem sido referido como um exemplo europeu na implementação desta iniciativa e assim desejamos continuar. Fruto de um trabalho em equipa, esperamos com a iniciativa Stent Save a Life melhorar a prestação de cuidados médicos ao doente com enfarte e o seu acesso ao tratamento mais adequado”, refere João Brum Silveira.

Nas palavras do cardiologista, este ano, os esforços irão concentrar-se na “na sensibilização do doente para a valorização dos sintomas do enfarte agudo do miocárdio e no alerta para que  (…) liguem de imediato para o número de emergência médica – 112 – para que seja encaminhado para um hospital com capacidades para realizar o tratamento mais adequado: a angioplastia primária dentro do tempo recomendado”.

Contextualizando o tema, o enfarte agudo do miocárdio, comummente conhecido por ataque cardíaco, resulta da obstrução de uma das artérias do coração, fazendo com que uma parte do músculo cardíaco fique em sofrimento por falta de oxigénio e nutrientes. Esta obstrução é habitualmente causada pela formação de um coágulo devido à rotura de uma placa de colesterol.

Os sintomas a ter em atenção são dor no peito, por vezes com irradiação ao braço esquerdo, costas e pescoço, acompanhada de suores, náuseas, vómitos, falta de ar e ansiedade. Normalmente, a sintomatologia dura mais de 20 minutos, mas também pode ser de forma intermitente.

“No enfarte agudo do miocárdio cada segundo conta. É importante a precocidade no diagnóstico (valorização dos sintomas), o que implica um tratamento mais rápido com redução significativa da quantidade de músculo cardíaco ‘perdido’. Leva a que os doentes tenham um melhor prognóstico, isto é, que voltem a ter uma vida ‘normal’”, conclui João Brum Silveira.