Intervenção coronária percutânea em bifurcações em debate na 24.ª edição do D@CL

A questão está lançada. “Intervenção coronária percutânea em bifurcações. Quanto mais simples melhor?” para refletir e abrir caminho a respostas, na 24.ª edição do Day at the CathLab (D@CL), dinamizada pela Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC), já no próximo dia 18 de junho. O evento, presencial, terá lugar no laboratório de hemodinâmica do Hospital de São Teotónio/ Viseu.

“Como é habitual, pretende-se que o contacto com a técnica seja o mais próximo possível, com o laboratório de hemodinâmica a funcionar como se de um dia normal se tratasse”, adianta a APIC, em comunicado.

Vai decorrer também uma sessão de Bring Your Own Case, onde a APIC desafia os participantes a levarem “casos já efetuados no seu centro ou que ainda não tenham sido tratados” e que gostavam de discutir nesse dia.

Para consultar o programa do evento clique aqui.

APIC elege nova direção

A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) elegeu o cardiologista Eduardo Infante de Oliveira como presidente da direção nos próximos dois anos. O novo presidente é licenciado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e cardiologista de intervenção desde 2007.

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João Brum da Silveira: Proteja o seu coração. Deixe de fumar

O médico e presidente da Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC), João Brum da Silveira, antecipa o Dia Nacional do Não Fumador, que se assinala a 17 de novembro, relembrando que o  tabaco é um dos fatores de risco para o enfarte agudo do miocárdio (EAM) e outras doenças cardíacas.

O tabagismo causa um grande prejuízo à saúde pública, uma vez que é responsável pela diminuição da qualidade e duração de vida da população que fuma. Além disso, tem ainda a agravante de ser um fator de risco não apenas para o fumador, mas para todos aqueles que se encontram frequentemente expostos ao fumo passivo.

Assim sendo, deixar de fumar é uma medida preventiva eficaz para diminuir os riscos de EAM e de muitas outras patologias causadoras de morbilidade e mortalidade.

O EAM – vulgarmente apelidado de ataque cardíaco – resulta da obstrução de uma das artérias do coração, que faz com que uma parte do músculo cardíaco fique em sofrimento por falta de oxigénio e nutrientes. Esta obstrução é habitualmente causada pela formação de um coágulo devido à rutura de uma placa de colesterol.

Os sintomas mais comuns, para os quais as pessoas devem estar despertas, são a dor no peito, por vezes com irradiação ao braço esquerdo, costas e pescoço, acompanhada de suores, náuseas, vómitos, falta de ar e ansiedade. Normalmente, os sintomas duram mais de 20 minutos, mas também podem ser intermitentes. Podem ocorrer de forma repentina ou gradualmente, ao longo de vários minutos.

Na presença destes sintomas é importante ligar imediatamente para o número de emergência médica (112) e esperar pela ambulância que estará equipada com aparelhos que registam e monitorizam a atividade do coração e permitem diagnosticar o enfarte. Não deve tentar chegar a um hospital pelos seus próprios meios porque este poderá ser um centro sem capacidade para realizar o tratamento mais adequado. Esta situação não acontece quando se liga para o 112 porque a equipa de emergência confirma a suspeita de um enfarte e ativa a via verde coronária que permite encaminhar os doentes para hospitais com laboratórios de hemodinâmica.

Não se esqueça, no EAM cada segundo conta. É importante a precocidade no diagnóstico (valorização dos sintomas), o que implica um tratamento mais rápido com redução significativa da quantidade de músculo cardíaco “perdido”, o que leva a que os doentes tenham um melhor prognóstico, isto é, que voltem a ter uma vida “normal”.

APIC alerta para a importância de manter intervenções cardíacas durante pandemia de Covid-19

A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) alerta a população para importância de as pessoas com estenose aórtica grave não adiarem a sua intervenção estrutural aórtica, durante a pandemia de Covid-19, uma vez que correm o risco de poder desenvolver estados clínicos graves, com consequências para a sua saúde.

“Devido à idade e ao historial médico, as pessoas com doenças cardíacas estruturais, tais como estenose aórtica grave, e com um histórico de acidentes cerebrovasculares, são uma população de alto risco. Os laboratórios de hemodinâmica são seguros e livres de COVID, pelo que não é preciso haver receios nesse sentido. É necessário retomar e manter as intervenções, para que seja possível prevenir que os doentes venham a desenvolver estados clínicos complicados e irreversíveis”, explica Lino Patrício, coordenador da campanha “Corações de Amanhã”.

De acordo com os resultados de um estudo recente – conduzido pelo Structural Heart Program do Hospital Mount Sinai, em Nova Iorque, e publicado a 30 de setembro de 2020 – é necessário manter a vigilância dos doentes com estenose aórtica grave, bem como daqueles que estão à espera de uma intervenção estrutural aórtica, durante a pandemia.

Neste estudo foram acompanhados doentes com estenose aórtica grave, submetidos a uma avaliação para substituição da válvula aórtica transcateter, desde março até junho de 2020.

Em março e abril de 2020, 10 por cento dos doentes tiveram problemas cardíacos, seis dos quais foram submetidos a intervenções estruturais aórticas com urgência, devido a sintomas acelerados de dispneia, angina em repouso, insuficiência cardíaca, ou síncope; e dois morreram de estenose aórtica grave.

De 6 a 23 de junho de 2020, 35 por cento dos doentes tiveram um ataque cardíaco, tendo sido necessário recorrer a intervenção estrutural aórtica. Durante este período, os que não foram submetidos a nenhuma intervenção médica, tiveram uma maior probabilidade de ter um ataque cardíaco.

Nos três meses anteriores a março de 2020, nenhum doente morreu de estenose aórtica, enquanto aguardava a realização da intervenção estrutural aórtica.

A estenose aórtica é uma doença que afeta cerca de 32 mil portugueses, maioritariamente pessoas acima dos 70 anos, limitando as suas capacidades e qualidade de vida.

O que é, quais os sintomas, como prevenir e como tratar o enfarte? A APIC explica

No âmbito do Dia Mundial do Coração, que se assinala a 29 de setembro, a Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) vai lançar um conjunto de cinco vídeos com o objetivo de consciencializar a população para o enfarte agudo do miocárdio (EAM), disponibilizando-os às autarquias e unidades de saúde a nível nacional.

“Com estes vídeos [acessíveis no canal de YouTube da APIC] pretendemos transmitir mensagens sobre o EAM, os seus sintomas e consequências, formas de prevenção e de tratamento. O objetivo é consciencializar a população em geral para a existência do enfarte; para a importância da adoção de estilos de vida saudáveis, enquanto forma de prevenção da doença; e explicar como se processa o tratamento, que é, atualmente, rápido e eficaz”, explica o presidente da APIC, João Brum Silveira.

 

“O que é um enfarte agudo do miocárdio?”

 

Os vídeos são subordinados às temáticas “O que é um enfarte agudo do miocárdio?”, “Quais são os sintomas de enfarte?”, “Qual é o tratamento do enfarte agudo do miocárdio?”, “Como prevenir o enfarte agudo do miocárdio?” e “O que fazer depois do enfarte do miocárdio?”.

O EAM, ou ataque cardíaco, ocorre quando uma das artérias do coração fica obstruída, fazendo com que uma parte do músculo cardíaco fique em sofrimento por falta de oxigénio e nutrientes. Esta obstrução é habitualmente causada pela formação de um coágulo devido à rutura de uma placa de colesterol.

Os sintomas mais comuns são a dor no peito, por vezes com irradiação ao braço esquerdo, costas e pescoço, acompanhada de suores, náuseas, vómitos, falta de ar e ansiedade. Na presença destes sintomas é importante ligar imediatamente para o número de emergência médica (112) e esperar pela ambulância, que estará equipada com aparelhos que registam e monitorizam a atividade do coração e permitem diagnosticar o EAM.

Para evitar um enfarte é importante adotar estilos de vida saudáveis: não fumar; reduzir os níveis de colesterol; controlar a tensão arterial e a diabetes; fazer uma alimentação saudável; praticar exercício físico; vigiar o peso e evitar o stress.