Congresso Português de Aterosclerose está agendado para outubro

O XXX Congresso Português de Aterosclerose decorre em dois dias de trabalho, 14 e 15 de outubro, na cidade de Évora. O mote escolhido para a 30.ª edição resume-se na afirmação:  “Da ciência à prática clínica e às políticas de saúde”.

O médico especialista em Cardiologia, do Hospital Santa Cruz, Carlos Aguiar foi o nome escolhido para presidir ao evento magno da Sociedade Portuguesa de Aterosclerose.

A organização do evento incentiva a preparar e submeter “aquele projeto de trabalho original que tem em mente ou em andamento”.

João Sequeira Duarte: “O médico de família tem papel único na identificação e controlo dos fatores de risco em saúde vascular”

Após um evento clínico, a reabilitação precoce é fundamental, tomou boa nota o Jornal Médico na entrevista ao presidente da Sociedade Portuguesa de Aterosclerose (SPA).  Mas o cenário muda de figura quando falamos do acesso a estes cuidados específicos, realidade ainda difícil “quer para os muitos eventos na área cerebrovascular, quer no território coronário”. João Sequeira Duarte percorre os principais contornos do panorama atual do combate à aterosclerose, uma doença que, podendo relevar-se logo na infância e ter o seu epílogo na idade adulta, média ou avançada, deixa muita margem para a prevenção.

Jornal Médico (JM) | A aterosclerose integra um conjunto de manifestações do grupo das doenças cardiovasculares, responsáveis por quase 30 por cento do total de óbitos (2017) segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Que batalhas gostaria que fossem ganhas no combate à aterosclerose?

João Sequeira Duarte (JSD) | Como é natural, gostaria que os anos de vida perdidos prematuramente no nosso país e no mundo, por causa das ateroscleróticas, pudessem continuar a baixar de uma forma consistente e duradoura.

JM | Recentemente foi publicado um estudo por uma equipa portuguesa sobre os custos da aterosclerose em Portugal. Uma das conclusões é o facto de a doença apresentar um importante impacto económico, correspondendo a uma despesa equivalente a 1% do produto interno produto (PIB) nacional e a 11% da despesa corrente em saúde, em 2016. Que comentários faz a este estudo?

JSD | São números importantes que mostram a necessidade de continuar a trabalhar para reduzir a carga de doença e a prevalência dos fatores de risco vascular presentes na nossa população. Por essa via reduziríamos o número de eventos clínicos agudos que consomem a maior fatia desta despesa corrente.

JM | Como avalia a atual investigação nacional nesta patologia específica?

JSD | Tem vindo a crescer, a internacionalizar-se, a construir parcerias nacionais e externas, para ganhar maior expressão, nomeadamente em termos da chamada investigação básica, que frequentemente está muito ligada a questões relevantes colocadas pelos clínicos.

JM | De que forma a SPA pretende contribuir para a formação pós-graduada na área da aterosclerose durante o mandado desta direção a que preside? No vosso plano de atividades, como pretendem incentivar essa mesma formação e junto de quem?

JSD | Os membros desta direção estão empenhados em continuar a desenvolver os planos delineados pelos anteriores elencos diretivos e, procurando contribuir para a formação pós-graduada, desde logo declarámos como prioritários os seguintes: realização anual do Congresso de Aterosclerose; publicação regular online da Newsletter de Aterosclerose; divulgação das bolsas de investigação e do prémio, para promover e facilitar trabalhos nas diversas áreas da Aterosclerose; estimulação das atividades científicas e de intervenção social com sociedades científicas parceiras; partilha das Guidelines da EAS [European Atherosclerosis Society] de 2019, adaptadas e resumidas por forma a fomentar as melhores práticas clínicas na medicina cardiovascular.

 

JM | O que pensa sobre a digitalização dos cuidados médicos e da telemedicina? E de que modo, no âmbito da monitorização dos doentes e sua reabilitação, a telemedicina pode ser uma mais-valia?

JSD | Numa doença crónica que durante anos é assintomática ou subclínica as ferramentas digitais, o benchmarking e o gaming na área da promoção da saúde, são meios que não devemos ignorar quando pretendemos alargar os comportamentos saudáveis a toda a população e aumentar a literacia em saúde, para que esta não deixe de ser um direito consagrado na Constituição da República, enquanto modo de estar numa vida que sempre se deseja longa e feliz.

JM | Segundo o primeiro inquérito sobre alimentação e atividade física em contexto de contenção social, promovido pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e divulgado em maio do ano passado, o sedentarismo provocado pelo confinamento ajuda a explicar o aumento de peso reportado por 26,4% dos portugueses e a deterioração dos hábitos alimentares de mais de quatro em cada 10 durante este período. Ainda segundo a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico), “68% da população portuguesa acima dos 15 anos tem excesso de peso”, um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de aterosclerose. Na qualidade de endocrinologista, qual o peso do agravamento destes dois fatores – sedentarismo e alimentação – no agravamento da doença? Quais os passos a dar para retomar o seu controlo?

JSD | Sem dúvida que a nutrição e a atividade física são duas vertentes decisivas para a saúde em geral e também para a cardiovascular. Realço, no que respeita ao sedentarismo, que os responsáveis políticos sempre autorizaram a prática de atividade física exterior nas proximidades da residência, em todos os períodos de confinamento, por decisiva para a saúde física e mental. Eu sempre continuei a prática deste tipo de atividade, desfrutando do excelente clima que temos; e, apesar de controlado de quando em vez pelas autoridades, nunca fui impedido de a realizar.

JM | Em que medida é que a Medicina Geral e Familiar pode ser um braço de apoio na reabilitação e acompanhamento dos doentes?

JSD | Após um evento clínico a reabilitação precoce é fundamental, mas o acesso a estes cuidados ainda é difícil, quer para os muitos eventos na área cerebrovascular, quer no território coronário. Também por isso o médico de família pode e deve ter um papel importante para identificar e orientar atempadamente os doentes para as instituições capazes de prestar esses cuidados quando a referenciação da alta hospitalar não tem a sequência desejada.

JM | Que medidas, ao nível da prevenção e tratamento, deve o médico de família privilegiar para recuperar o controlo da população em maior risco cardiovascular?

JSD | Sendo a aterosclerose uma patologia que pode iniciar-se na infância e ter o seu epílogo na idade adulta, média ou avançada, consoante a carga de doença que formos acumulando, há muita margem para a prevenção, que deve começar desde as idades mais jovens. Daí, insisto, o médico de família ter um papel único na identificação e controlo dos vários fatores de risco que têm impacto na saúde vascular ao longo das diferentes décadas da vida.

JM | Pretende que a sociedade possa ajudar a “reabilitar e reintegrar as pessoas vítimas de eventos significativos”. Que ações tem em mente?

JSD | Reconhecemos não ter meios humanos e materiais para atuar neste terreno desafiante. Mas temos capacidade e vontade de alertar e motivar profissionais de saúde, instituições e até os decisores políticos para o muito que está por fazer neste domínio e como as melhores práticas asseguram melhores condições de vida às pessoas que sofrem de eventos cardiovasculares.

JM | Enquanto presidente da SPA, que marca gostaria de deixar no seu mandato?

JSD | Esta direção e eu próprio gostaríamos de contribuir para que a SPA se mantenha uma sociedade ativa e relevante a nível da organização dos cuidados de saúde em Portugal, desenvolvendo altitudes pró-ativas de diálogo com decisores políticos e serviços de saúde, bem como com a Ordem dos Médicos e demais sociedades científicas afins. Um contributo, também ele, para reforçar o Registo Nacional Hipercolesterolemia Familiar, além de fomentar e implementar parcerias para a realização de estudos de natureza epidemiológica sobre aspetos importantes da distribuição dos fatores de risco, a carga de doença e avaliação dos cuidados prestados às populações na área da doença aterosclerótica.

Custos nacionais totais com a aterosclerose ultrapassaram 1.9 mil milhões de euros em 2016

As manifestações da aterosclerose, nomeadamente a doença cardíaca isquémica (DCI), a doença cerebrovascular isquémica (DCVI) e a doença arterial periférica (DAP), integram o grupo das doenças cardiovasculares, que constituem a principal causa de morte a nível mundial, e nacional. A par da mortalidade, a aterosclerose tem um elevado impacto na saúde individual e populacional, o qual, por sua vez, acarreta um impacto económico ao nível de recursos usados na prevenção e tratamento da doença aterosclerótica. Neste sentido, o presente estudo levado a cabo pela Sociedade Portuguesa de Cardiologia procurou estimar os custos da aterosclerose em Portugal Continental, e o seu impacto no Serviço Nacional de Saúde.

A análise dos custos foi realizada com base na prevalência da doença, ou seja, nos custos associados à aterosclerose especificamente durante o ano de 2016 (ano mais recente para o qual estavam disponíveis dados à data do estudo). Foram considerados os custos diretos (consumos de recursos) e indiretos (impacto na produtividade da população associados à doença. As manifestações da aterosclerose foram consideradas individualmente dado estarem associadas a diferentes impactos económico e social: DCI, DCVI e DAP. Frequentemente o mesmo doente sofre mais de uma manifestação clínica da aterosclerose, sendo por isso necessário ajustar a prevalência global da aterosclerose para esta sobreposição. Para este efeito, utilizaram-se os dados constantes no SIARS, um repositório de dados administrativos e clínico-demográficos provenientes dos utilizadores das Unidades de Saúde de uma determinada região, nomeadamente a caracterização clínica dos doentes com aterosclerose utilizadores dos cuidados de saúde primários da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo

O custo total da aterosclerose em 2016 foi de 1,9 mil milhões de euros (58% de custos diretos  e 42% custos indiretos, respetivamente). A maior parte dos custos diretos esteve associada aos cuidados de saúde primários (55%), seguindo-se o ambulatório hospitalar (27%) e, por último, os episódios de internamento (18%). Os custos indiretos foram principalmente determinados pela não participação no mercado de trabalho (91%) (tabela 1).

Tabela 1-Custos totais devidos à aterosclerose (Portugal Continental, 2016)

Com base nas diferentes de fontes de dados nacionais, estimou-se uma prevalência global de aterosclerose sintomática de 742709 adultos em Portugal Continental, o que corresponde acerca de 9% da população. Esta prevalência reflete maioritariamente as manifestações clínicas da aterosclerose que geraram sintomatologia reconhecida pelos doentes. Os custos diretos (58%, maioritariamente relacionados com custos em ambulatório) e indiretos (42%, maioritariamente relacionados com não participação no mercado de trabalho) com a aterosclerose em Portugal Continental, no ano de 2016, ultrapassam 1,9 mil milhões de euros, o que equivale a cerca de 1% do Produto Interno Bruto nacional, a 11% da despesa corrente em saúde e a um custo médio anual de 237€ por cada adulto português.

A aterosclerose tem um impacto económico significativo, correspondendo a uma despesa equivalente a 1% do Produto Interno Bruto nacional e a 11% da despesa corrente em saúde, em 2016.Segundo os autores do estudo “ a importância que estes valores apurados assumem justifica uma reflexão por parte das autoridades de saúde sobre este problema”

Manuel Teixeira Veríssimo: Inovações e otimização do tratamento da dislipidemia

A otimização do tratamento da dislipidemia é um dos temas centrais do primeiro congresso virtual imersivo da Sociedade Portuguesa de Aterosclerose (SPA).

Em conversa com o Jornal Médico, à margem dos trabalhos do segundo dia do evento, o presidente da SPA, Manuel Teixeira Veríssimo, salientou os tópicos mais relevantes do XXVIII Congresso Português de Aterosclerose, bem como as vantagens acrescidas deste novo formato digital.

A decorrer de 12 a 16 de outubro, o congresso conta com vários palestrantes das áreas da Cardiologia e Medicina Interna, entre outras, para um debate em torno das doenças do foro vascular crónico e da terapêutica mais adequada para as doenças ateroscleróticas, entre as quais se destaca a dislipidemia.

“Selecionámos com bastante cuidado todos os temas a abordar, sendo que tivemos ainda atenção em selecionar aqueles que melhor se adaptavam ao momento que vivemos. Há vários temas importantes, como é o caso das dislipidemias na população pediátrica, abordado no primeiro dia pelo presidente da International Atherosclerosis Society (IAS), Raul Santos”, referiu Teixeira Veríssimo.

“Este é um tema muito importante e ao qual, por vezes, não é dada a devida atenção. Isso acontece, pois, normalmente estes problemas de saúde não surgem em tão tenra idade, mas é aí que eles podem iniciar-se, podendo evoluir para problemas de saúde mais graves passados 20, 30 ou 50 anos”, sublinhou o especialista.

“Este ano temos novidades para apresentar, nomeadamente terapêuticas, sobre alguns fármacos indicados no tratamento do colesterol. No fundo, novos conhecimentos acerca da doença aterosclerótica, com o intuito de impedir que a doença progrida”, acrescentou o internista.

O formato digital – adotado devido à situação pandémica – está a ser considerado uma mais-valia para o evento pois, para além de facilitar a visualização dos conteúdos em diferido, possibilitou ainda um aumento do número de participantes. O XXVIII Congresso Português de Aterosclerose tem mil inscritos na plataforma.

“Penso que o congresso está a ter uma ótima adesão, até com mais inscritos do que era habitual, no formato presencial. Considero que o formato virtual facilita a participação, pois as pessoas estão em casa e podem aceder às palestras e mesas-redondas quando lhes é mais oportuno”, Teixeira Veríssimo.

Quanto à futura realização de eventos, o presidente da SPA afirmou: “Acredito que mesmo depois da pandemia, a comunicação da saúde em geral, e dos congressos em particular, passará por um modelo misto de sessões presenciais, com sessões de transmissão virtual, pois também os promotores/patrocinadores, nomeadamente a indústria farmacêutica terão, neste modelo, maior probabilidade de fazer chegar as suas mensagens”.

Manuel Teixeira Veríssimo deixou ainda uma mensagem de alerta a todos os participantes e à comunidade em geral: “A doença aterosclerótica é prevalente e está na base da principal causa de morte em Portugal. A melhor arma para a combater é a prevenção”.

O congresso está a decorrer até sexta-feira, 16 de outubro, em formato digital.

XXVIII Congresso Português de Aterosclerose: Cinco dias de trabalhos em formato virtual imersivo

A Sociedade Portuguesa de Aterosclerose (SPA) organiza, entre os próximos dias 12 e 16 de outubro, o XXVIII Congresso Português de Aterosclerose, com o mote “Pontos de viragem na rota do tratamento”.

Devido à pandemia de Covid-19, o evento magno da SPA realiza-se, este ano, em formato digital, uma experiência que o especialista em Medicina Interna e Cardiologia e membro do conselho científico da SPA, Alberto Mello e Silva, reconheceu ao Jornal Médico ser “diferente” e exigir da parte da organização “um esforço acrescido”. Tudo para que o congresso possa, como habitualmente, ser um espaço privilegiado de troca de experiências entre os clínicos, especialistas e profissionais de saúde que nele participam, bem como uma fonte de atualização sobre as mais recentes novidades na área.

O também presidente do XXVIII Congresso Português de Aterosclerose explica que “à ‘natureza polifatorial e multidisciplinar’ da doença aterosclerótica, a SPA estruturou-se com um conceito integrador para ultrapassar as fronteiras científicas dispersas por várias Sociedades Científicas, propondo à comunidade dedicada ao doente com aterosclerose que se reúna, de 12 a 16 de outubro, no formato de congresso virtual imersivo, pensado para ser o mais familiar possível à nossa experiência de congresso físico”.

O habitual modelo de sessões magnas, palestras, mesas redondas, simpósios será mantido e “o debate será, porventura, ainda mais rico e interessante, pois as novas ferramentas digitais permitem-nos uma interação rápida e assertiva, nas nossas sessões em direto, e em deferido”, adianta Alberto Mello e Silva, salientando que “nada do conhecimento que iremos partilhar, se irá perder”.

O XXVIII Congresso Português de Aterosclerose vai realizar-se com a colaboração da Sociedade Europeia de Aterosclerose (EAS) e da Sociedade Internacional de Aterosclerose (IAS), representadas pelos respetivos presidentes. “Esta colaboração é um elemento enriquecedor a que se junta o contributo de sociedades científicas e associações nacionais parceiras nesta luta em prol do doente com aterosclerose para uma ação concertada da SPA na prevenção e tratamento da aterosclerose e outras doenças e condições associadas, e que se reflete nas temáticas escolhidas para este congresso”, conclui o especialista.

 

Impacto da doença aterosclerótica em destaque no 37.º Encontro de MGF

A Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF) vai promover, no âmbito do 37.º Encontro Nacional de MGF, uma sessão online sobre “Custos e Carga da Doença Aterosclerótica”.

Agendada para as 16h30 do próximo dia 26 de setembro, a sessão será moderada pelo presidente da APMGF, Rui Nogueira, sendo que a apresentação principal ficará a cargo do professor da Catolica Lisbon School of Business and Economics, Miguel Gouveia. No final, haverá um espaço de comentário da responsabilidade do presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo (LVT), Luís Pisco, e do diretor do Centro de Investigação de Medicina Baseada na Evidência (CEMBE) da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, António Vaz Carneiro.

A conferência terá por base o estudo “Custo e Carga da Aterosclerose em Portugal”, uma iniciativa do CEMBE, do Centro de Estudos Aplicados da Universidade Católica e da Sociedade Portuguesa de Aterosclerose, que contou com a colaboração da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, a qual permitiu o acesso ao registo de dados clínicos de adultos com pelo menos uma consulta em cuidados de saúde primários (CSP) no ano de 2016.

“Este estudo teve como objetivos medir e avaliar o impacto da aterosclerose ao nível dos recursos económicos que lhe são afetos bem como quantificar, num índice global (anos de vida ajustados pela incapacidade), os efeitos da aterosclerose na saúde da população portuguesa”, explica Miguel Gouveia.

Estima-se que as diferentes manifestações clínicas da aterosclerose afetem cerca de 740 mil adultos em Portugal Continental. Em 2016 ocorreram 15.123 óbitos por aterosclerose (6.887 por doença cardíaca isquémica, 7.592 por doença vascular cerebral isquémica, 25 por doença arterial periférica e 619 por aterosclerose noutros territórios arteriais), o que corresponde a 14% dos óbitos totais ocorridos em Portugal.

Ainda de acordo com o economista, “o custo global da aterosclerose em 2016 foi estimado em cerca de 1,9 mil milhões de euros. Deste total, 16% resulta de cuidados prestados no contexto dos CSP (consultas e meios complementares de diagnóstico), 16% no ambulatório hospitalar, 10% no internamento, 16% em medicamentos (prescritos em qualquer contexto de saúde) e os restantes 42% por custos indiretos (perda de produtividade por não participação no mercado de trabalho ou absentismo). O custo total atribuído à aterosclerose representou cerca de 1% do PIB e 11% das despesas de saúde em 2016 para Portugal”.